Presidente da Câmara afirma que seria melhor que o congresso do PT tivesse aprovado o fim da aliança com o PMDB e garante que aliança não se repetirá. Ele usou as redes sociais para agradecer as hostilidades recebidas
Fonte: Joel Rodrigues
Cunha usa Twitter para responder PT e agradece ter sido hostilizado no congresso
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou a sua conta pessoal no twitter neste domingo (14) para responder às críticas feitas pelos petistas durante o 5º Congresso Nacional do PT, realizado em Salvador. Cunha foi acusado de sabotar o governo e chamado pelo deputado Carlos Zarattini (SP) de “oportunista de ocasião”. Cunha disse, por meio da rede social, que o PMDB está cansado de ser agredido pelo PT e que a aliança não se repetirá. “Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança e não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte”.
Eduardo Cunha agradeceu pelas hostilidades sofridas durante o congresso do PT. “E realmente ficaria preocupado se eles me aplaudissem, porque seria sinal que eu estaria fazendo tudo errado”, escreveu em sua rede social. Ele aproveitou para deixar um recado aos mais radicais: “No momento temos compromisso com o país e a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter a humilhação do PT”.
A grande preocupação do governo era de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fosse transformado em “Judas” durante o congresso do PT, mas as críticas mais contundentes foram feitas ao presidente da Câmara e a pauta defendida por ele, como o projeto de redução da maioridade penal, a reforma política e a terceirização.
Sobre isso, Cunha escreveu: “E se estão com raiva da pauta, ao invés disso busquem debater e convencer das suas posições e não agredir. Aliás as críticas que recebo porque estamos pautando, debatendo e votando matérias que estão anos na gaveta, não são justas. Continuarei pautando e ainda não conheço uma maneira melhor do que a democracia, onde a maioria aprova ou derrota alguma matéria”.
Em relação às críticas a manifestações dos deputados na quarta-feira (10), que protestaram contra a crucificação na parada gay em São Paulo, Eduardo Cunha disse que respeitar a laicidade do estado não significa proibir parlamentares de mostrarem suas crenças.
“O direito de manifestação e de opinião são preservados na nossa constituição Se invadem plenário, batendo panela ou cantando samba para depreciar atuação de outro partido, ninguém fala nada. Se invadem com faixas protestando contra a votação de alguma matéria não falam nada. Mas basta serem de alguma crença religiosa aí criticam a manifestação de opinião”, escreveu no twitter.
Ao final, ele disse que os parlamentares que entenderem que houve abusos, podem entrar com uma representação junto ao Conselho de Ética. “Os eventuais abusos e a eventual quebra de decoro tem previsão regimental de punição. Basta representarem”.
Fonte: Redação.
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