Xadrez político
Novas jogadas continuam a movimentar o xadrez político pela
disputa ao Palácio do Buriti em 2014.Conforme escrevi no meu último
artigo, pelo menos duas candidaturas estão postas no tabuleiro: a do
atual governador Agnelo Queiroz (PT), candidato à reeleição, e a do
senador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Mas muitos outros nomes despontam nos
bastidores e nas pesquisas. A novidade em meio a tantas incertezas diz
respeito a uma possível ruptura entre PT e PMDB. Caso isso realmente
ocorra, a briga pelo comando do Distrito Federal poderá ficar ainda mais
acirrada.
À primeira vista, pelos menos duas análises podem ser feitas. A mais
evidente é a de que as especulações em torno de uma candidatura própria
peemedebista enfraquecem o governo.
Se a própria base de sustentação
cogita um rompimento, pode-se supor uma divisão de poder e se expõe
possíveis falhas de gestão. O eleitor enxerga esse desgaste. Com isso,
cresce a desconfiança da população em relação à administração atual.
A
segunda observação também é clara: o vice-governador Tadeu Filippelli é
um nome forte e sua candidatura ao Governo do DF embaralha ainda mais o
jogo da sucessão. Com Agnelo, Rollemberg e Filippelli na briga, o
cenário fica mais aberto para o surgimento de um outro nome.
Especula-se que Filippelli seria capaz de reunir os discípulos de
Arruda e Roriz, mas no momento em que todos se colocam como candidatos
nada está definido. Observamos em pleitos recentes a construção de
candidaturas de pessoas que sabem fazer política de uma forma diferente.
Foram bem-sucedidas aquelas que de fato simbolizavam mudanças e
capacidade de executá-las. O eleitor não quer o novo pelo novo, deseja a
renovação séria, movida por ética, trabalho e competência. Quem
conseguir simbolizar uma renovação de fato, sairá com vantagem. Nada
está definido. Vai se consolidar quem souber interpretar os verdadeiros
anseios da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário