Se decisão do conselho considerá-lo servidor vitalício, ele poderá voltar às suas atividades no Ministério Público enquanto o processo disciplinar estiver tramitando
Demóstenes é procurador desde 1987 e teve seu mandato de senador cassado em julho do ano passado
A decisão tomada pela conselheira Claudia Chagas de adiar por mais 60 dias o afastamento do ex-senador e procurador de Justiça Demóstenes Torres do cargo ocupado no Ministério Público de Goiás (MP-GO) será votada em plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na próxima terça-feira (23/4). O CNMP precisa saber se ele deve ser considerado um membro vitalício do órgão ou não. Ele é investigado pelo órgão por suposto envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Claudia, que é relatora do caso, entendeu que como as investigações no CNMP sobre o envolvimento de Demóstenes ainda estão em curso, “a presença do requerido no MP/GO, exercendo as atribuições de procurador de Justiça, é inconveniente ao serviço e pode vir a colocar em dúvida a credibilidade da instituição perante a sociedade”.
Quando Demóstenes ingressou na instituição – o que ocorreu antes de 1988 – ele escolheu trabalhar por um regime de carreira diferenciado. Isso deixou o caminho do goiano livre para se candidatar, eleger e exercer o mandato de senador sem abandonar o MP. Ele é procurador desde 1987 e teve seu mandato de senador cassado em julho do ano passado. Se a decisão do CNMP considerar que ele é servidor vitalício, Demóstenes Torres poderá voltar às suas atividades no Ministério Público no período em que o processo disciplinar contra ele estiver tramitando no conselho.
Se ocorrer o contrário, o CNMP pode mantê-lo afastado do cargo ou até mesmo expulsá-lo do MP goiano se forem comprovadas as suspeitas de envolvimento com Carlinhos Cachoeira.
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