Como comendador, Joaquim Barbosa foi o principal orador da cerimônia de 21 de abril, em Ouro Preto, Minas Gerais. Ao falar, por volta de 12h45, Barbosa homenageou Tiradentes, o grande herói de Minas e do Brasil. "Do martírio, fez-se o mito". Em seguida, defendeu políticas de distribuição de renda e de cotas para negros. No fim, disse que "liberdade é a palavra que o sonho humano alimenta".
No discurso, Barbosa não fez nenhuma menção à Ação Penal 470 ou ao processo que também se desenrola no Supremo Tribunal Federal contra o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo. Trata-se do chamado "mensalão mineiro" ou "mensalão tucano", relacionado aos gastos de campanha de Azeredo na tentativa, frustrada, de reeleição, em 1998.
A entrega da medalha, com a presença de Aécio, tem um simbolismo especial. Transformado em celebridade nacional, Joaquim Barbosa tem sido cada vez mais lembrado como um possível candidato à presidência da República. Um rumor recente, publicado pelo colunista Claudio Humberto, levantou a hipótese de que Barbosa poderá ser vice do próprio Aécio (leia mais aqui).
Primeiro a falar, o prefeito de Ouro Preto, José Leandro Fialho afirmou que Joaquim Barbosa mostrou ao mundo que, ao contrário do que dizia o general Charles de Gaulle, o Brasil é, sim, um país sério. O governador Antonio Anastasia saudou, pela ordem, o presidente Joaquim Barbosa e, na sequência, o senador Aécio Neves, a quem chamou de "nosso grande líder". "Vossa eminência, Joaquim Barbosa, nascido em Paracatu, conhece os caminhos da alma mineira", disse Anastasia, antes de citar todos os mineiros que, como ele, chefiaram o Poder Judiciário.
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